segunda-feira, 19 de novembro de 2012

TORRE DE HANÓI NA PSICOPEDAGOGIA


TORRE DE HANÓI NA PSICOPEDAGOGIA

NO DIAGNÓSTICO
·         Pesquisa – tolerância;
·         Perda;
·         Facilidade ou não para resolver questões;
·         Percepção espacial;
·         Avaliação do nível cognitivo:  
Pré-operatório ( 2-7 anos) intuitivo global ou intuitivo articulado ou em transação de pré-operatório para operatório concreto visando dentro do manuseio da torre de Hanói se há ou não início das funções simbólicas, invenções imaginativas, incapacidade de resolver problemas, ausência de operações reversíveis.
 Operatório Concreto para o Operatório Formal (7-12 anos) inclusão lógica, aquisição de reversabilidade, resolução de problemas. Observando no jogar, o manuseio tátil, o desenvolvimento psicológico dentro do problema a ser resolvido.
·         Dificuldade de planejamento;
·         Rigidez de pensamento;
NO TRATAMENTO
·         Conhecimento;
·         Interação;
·         Construção;
·         Planejamento;
·         Solução de problemas;
·         Pensamento antecipatório;
·         Flexibilização de pensamento x rigidez;
·         Busca de novos sentidos;
·         Tolerar frustrações;
·         Organização e solução;
·         Foco;
·         Diminui a acomodação e melhora a produtividade;

Assim como em qualquer processo Psicopedagógico, o sujeito avaliado tem que ser sempre observado, pois em pequenas atitudes se há resposta em relação ao comportamento e aprendizagem. A ação e reação a qualquer elemento de pesquisa tanto do diagnóstico Psicopedagógico quanto no tratamento os JOGOS não podem ser apresentados de forma somente com intuito de lazer, mas elucidar a capacidade lúdica de cada jogo referente a cada linha de pesquisa do aprendente. Por exemplo: jogos de raciocínio lógico e concentração, jogos que melhoram o desempenho da capacidade motora, jogos que exigem percepção espacial e visual.
A psicopedagogia tende a verificar os processos de ensino-aprendizagem, as estratégias, as necessidades e as dificuldades da criança em relação ao aprender em seu meio. Portanto tais estratégias não podem ser desperdiçadas facilmente. Um bom diagnóstico Psicopedagógico é aquele que utiliza de meios teóricos, práticos e muita das vezes intuitivas para finalizar o diagnóstico.
É pensando na educação, seu processo e finalidade de formar o homem, fazendo dele autor de seus pensamentos e possuir autonomia de suas capacidades que juntos trabalhamos e acreditamos que vale a pena.”
                                                                                                                                                             Gisele Alves

Jogos na Aprendizagem / Xadrez


JOGOS NA APRENDIZAGEM / xadrez

16/11/2012 18:13

Muitas escolas ainda resistem em aderir os jogos como método de aprendizagem, pois relatam que jogs apenas divertem e no máximo socializam. O que na verdade além dessas teorias, os jogos tr
azem para a criança um raciocínio mais rápido, a dinâmica social, o ganhar e perder. Assim como o Xadrez, um jogo altamente inteligente é pouco utilizado nas escolas, o que infelizmente estão perdendo um método barato e de suma importância para o aprendizado e a melhoria cognitiva.

A Confederação paulista de Xadrez publicou um artigo muito interessante o qual fala do uso do xadrez nas escolas e sua importância como ferramenta pedagógica, esse artigo foi publicado pelos autores:

James Mann de Toledo e Luiz Loureiro

São Paulo – Rio de Janeiro

Setembro 2005



PORQUE LEVAR O XADREZ ÀS ESCOLAS

MI James Mann de Toledo e Luiz Loureiro



1. XADREZ É COMPROVADAMENTE UMA EXCELENTE E VERSÁTIL FERRAMENTA PEDAGÓGICA

Pedagogicamente, o xadrez é estimado em elevado conceito, fazendo parte do currículo escolar básico e de aprimoramento complementar em dezenas de países. Muitos projetos oficiais, conduzidos tanto por instituições estatais como privadas, indicam que o jogo estimula a atenção e favorece a concentração de modo geral. Acredita-se também que a atitude introspectiva que o xadrez gera, leva a criança a se avaliar ante tudo na vida e considerar as conseqüências de seus atos, adquirindo consciência de responsabilidade e causalidade (causa e efeito). Pode-se empregar o jogo na educação e entretenimento de deficientes físicos (surdos, paraplégicos e até cegos!!) e mentais, bem como em asilos, penitenciárias e instituições de apoio ao menor carente e abandonado.

2. XADREZ É UM ESPORTE IGUALITÁRIO

O Xadrez não descrimina as diferenças de sexo, idade, condição social, raça e biótipo. A atividade competitiva oficial permite que deficientes visuais, auditivos e físicos em geral participem em igualdade de condições com os não-deficientes.

3. XADREZ É BARATO

Podemos citar as pertinentes considerações de Garry Kasparov em sua visita a São Paulo em agosto de 2004: "Para tentar melhorar o sistema educacional você tem que olhar para os custos e o xadrez é muito barato. Não é preciso um estádio de futebol, um campo de golfe, uma rede de tênis ou uma piscina. Se você olhar para a relação investimento-retorno, o xadrez se torna a melhor opção para ajudar no desenvolvimento das crianças".

4. XADREZ É UMA RICA EXPERIÊNCIA COGNITIVA

Um grande número de habilidades mentais específicas (imaginação, memória, pensamento lógico, reconhecimento de padrões, visualização, etc.) e gerais (perseverança, capacidade de estudo, auto-conhecimento, organização pessoal, motivação e ambição, etc.) deve ser aprimorado para propiciar algum sucesso especial ao jogador de xadrez engajado. Manejar tantos aspectos psicológicos e qualidades básicas do caráter constitui um verdadeiro projeto de "construção do indivíduo e do esportista" dentro de uma pessoa! Esse é um longo e complicado processo e que começa bem cedo na vida de qualquer um! Daí, a importância da educação e, nesse sentido, os jogos podem ser ótimas ferramentas em busca de um objetivo maior.

O pedagogo suíço Charles Partos relata que o xadrez desenvolve:

1- A Atenção e a concentração;

2- O julgamento e o planejamento;

3- A imaginação e a antecipação;

4- A memória;

5- A vontade de vencer, a paciência e o autocontrole;

6- O espírito de decisão e a coragem;

7- A lógica matemática, o raciocínio analítico e sintético;

8- A criatividade;

9- A inteligência;

10- A organização metódica do estudo e do interesse pelas línguas estrangeiras



5. XADREZ AMPLIA O HORIZONTE CULTURAL

Devido ao envolvimento com variadas línguas, a densa história do jogo, com relações matemáticas implícitas no movimento das peças e propriedades do tabuleiro (espaço topológico) e do recente uso da Informática e Internet para a prática, estudo técnico e divulgação do jogo, um aluno engajado vê-se induzido a alargar seus conhecimentos gerais e interessar-se por assuntos correlatos de variadas expressões culturais.

6. XADREZ É LIGADO AO LIVRO

A evolução técnica e histórica do jogo de xadrez (e do conhecimento em geral) foi preservada de modo marcante, desde épocas muito remotas, através do Livro e este processo tornou-se especialmente acentuado com a invenção da moderna tipografia de Guttemberg, no século XV. Tal processo acabou resultando na popularização progressiva do livro e do jogo! A melhoria do desempenho técnico de um jogador depende, portanto, de renovados estudos de textos referenciais.

OBS.: Consultar, a respeito, o livro-texto intitulado "Xadrez para Todos", de autoria de James Mann de Toledo e Juliana Kamada.

7. XADREZ É SOCIALIZANTE E ECUMÊNICO

Como um fator herdado de sua longa e densa história, da contribuição coletiva gerada em vários períodos, países e civilizações diferentes, e, da condição agregadora do jogo, refletida na organização básica do Clube de Xadrez, há uma grande tendência do jogo gerar socialização, notadamente entre os mais jovens. Até mesmo o jargão técnico do jogo ( por exemplo: "en passant" do francês, "zugzwang" do alemão, "fianchetto", do italiano, "pat" do inglês, "Shah-matt" = Xeque Mate, derivado do persa antigo) indica sua passagem histórica e a contribuição dos praticantes das mais diversas nacionalidades, evidenciando o caráter ecumênico do jogo e seu poder de integração social. É pertinente registrar que a Federação Internacional de Xadrez (FIDE) cujo lema, "Gens uma sumus"( somos uma única família), reflete este espírito, congrega atualmente mais de 160 países filiados e realiza a Olimpíada da modalidade com a presença de mais de 140 países, a cada dois anos!

8. A IMPORTÂNCIA DO XADREZ NA EDUCAÇÃO DAS CRIANÇAS

Para maior aprofundamento do tema e o acesso à explicações mais detalhadas, sugerimos a consulta ao livreto "A importância do Xadrez na Educação das Crianças", de autoria de Cristiana F, Carneiro e Luiz Loureiro, que constitui um documento oficial da Federação Paulista de Xadrez relativo a Xadrez Escolar.

São Paulo - Rio de Janeiro

Maio 2005



OBS.: Esses breves apontamentos são resultado de um desafio lançado aos autores para expor de modo sucinto e direto os méritos do xadrez para ser incluído como atividade regular nas escolas, e em especial, nas públicas. A motivação de ambos foi destacar algumas qualidades do jogo, tanto em sua prática quanto seu estudo, que trazem benefícios amplos para a formação do jovem estudante e futuro cidadão. Por isso, destacamos o uso do livro, o caráter ecumênico da contribuição técnica e normativa do jogo, sua condição igualitária e as relações culturais diversas correlacionadas. Estimamos que um tal conjunto de fatores estimula o reconhecimento da aprendizagem compartilhada, desestimula o egoísmo individual e coletivo e o mero aspecto de afirmação pela vitória a qualquer custo, incentivando o respeito pela diversidade e pelas diferenças de abordagem e ainda levando à auto-reflexão. Alguns desses temas foram aprofundados nas obras citadas e, talvez futuramente, recebam acréscimos aqui neste site.

INFORMAÇÕES E ARTIGO RETIRADO SO SITE:http://www.fpx.com.br/mostracol.asp?colid=75

Portanto Pais e Educadores, por que não utilizarmos o xadrez como ferramenta diária no aprendizado? Será que a educação nas escolas públicas também não teriam melhor qualidade ao adotar técnicas pedagógicas de baixo custo e que ao final são explícitamente produtivas no parecer cognitivo? O que precisa então para começarmos?

Gisele Alves

quarta-feira, 18 de abril de 2012

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Re-pense em psicopedagogia

Pessoal, depois de alguns meses longe do blog, estou retornando para muitas postagens , espero que a partir desse fim de 2011 ao longo de 2012, muitas informações e trocas de conhecimentos sejam feitas...

Bem, ao iniciar esta nova fase, escreverei aqui o por quê da psicopedagogia...
A psicopedagogia não é só uma ferramenta de trabalho, uma função exata, mas uma ciência que abarca o conceito de ensinar e aprender, não só a maneira de como se aprende, ou como se ensina, não é uma receita de bolo, mas o que move o aprender e suas questões, o ensinar e o aprender a ensinar. Precisamente alguns que ensinam tem o dom de achar que já sabem... tudo é uma questão de situação, o novo, certos fatos, pequenos significantes e significados. Talvez temos que re-pensar nas questões sobre o ensinar, o que estamos passando, aquilo que sabemos e conhecemos do aprender ou aquilo ao qual aprendemos todos os dias. quando um professor, um pai, uma mãe diz: hoje aprendi com quem sempre ensino, aprendi que devemos respeitar, amar e acima de tudo sermos suficientemente humildes para aprendermos com alguém que não acha que sabe tudo da vida, mas o pouco que sabe já ensinou!
a Psicopedagogia entra numa função de aprender a respeitar, a saber lidar com o conhecimento do outro, a ajudar a superar as dificuldades e acima de tudo ensinar a aprender uns com os outros.
Então fica a dica de hoje... aprender, superar as dificuldades, sempre. Dizer que és sábio o suficiente, jamais, então re-pense!

Gisele Alves

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Diagnóstico Psicopedagógico

A psicopedagogia surge da necessidade dos problemas referentes à aprendizagem e seu processo, ela usa como recurso outros campos de conhecimento para abster-se de um embasamento teórico e criar seu próprio objeto de estudo. A psicopedagogia pode trabalhar de diversas formas, mas um de seus campos de atuação é a clínica, que seu objetivo é diagnosticar e tratar os sintomas do processo da não-aprendizagem.
O problema de aprendizagem está condicionado a vários outros fatores, não só educacional, mas psíquicos, orgânicos e ambientais. É por este motivo que a psicopedagogia busca sua intertextualidade em outras ciências. O que baseia a estrutura da psicopedagogia clínica é o diagnóstico.
Este processo de não aprendizagem é estudado e verificado minuciosamente pelo psicopedagogo, ele leva em consideração todos os aspectos intra e extra relacionado ao sujeito cognoscente. O ser cognoscente para ter uma certa estrutura de aprendente, transita em meio às práxis lógico-simbólica, ele precisa mesclar o objetivo e o subjetivo, para criar e aprender, quando uma destas estruturas sobrecarrega a outra, suas funções ficam desordenadas, portanto não há esse equilíbrio entre elas, consequentemente o sujeito não aprende.
A psicologia não dá conta dos fatores da aprendizagem, portanto a psicopedagogia entra em cena para descobrir, desvendar o mistério do não aprender, através é claro, do diagnostico. O diagnóstico psicopedagógico tem de ser avaliado e reavaliado para se chegar a um denominador comum. O psicopedagogo na clínica levanta hipóteses, busca fundamentações, analisa o sujeito em todo seu contexto; familiar, social, psíquico e educativo, levando sempre em consideração a cultura familiar que este ser está inserido. Este trabalho clínico está na relação entre o sujeito com sua história pessoal e seu modo de aprendizagem. O psicopedagogo deve buscar as causas do problema no seu trabalho investigativo, vale lembrar que um diagnóstico “objetivo” deve ser primordialmente levado em conta o eu do sujeito, o psicopedagogo não deve transferir seus achismos no histórico da causa, o psicopedagogo deve saber seus limites pessoais, suas competências, pois se trata de uma investigação de um outro ser.
A não aprendizagem leva ao psicopedagogo analisar vários aspectos tanto na estrutura orgânica quanto na interna do sujeito, é por isso que esse trabalho investigativo tem de seguir parâmetros já definidos pelo psicopedagogo.Ele visa obter uma compreensão da forma de como este sujeito aprende, os desvios, colhendo os dados obtidos através de pesquisas com as provas operatórias, na EOCA (Entrevista Operativa Centrada na Aprendizagem), e entrevistas de conversação livre e no modelo de aprendizagem, a avaliação da aprendizagem escolar, teste viso-motor, sessões lúdicas. O psicopedagogo busca várias ferramentas para investigar e avaliar o sujeito é através destes dados que ele busca fundamentos e levanta hipóteses, seguindo determinados passos para a melhor compreensão, refletindo como este processo se dá na criança. Estas hipóteses levantadas pelo psicopedagogo são testadas ao longo do diagnóstico para chegar a um senso comum, buscando finalmente dados da família com a anamnese, sobre o histórico desta criança e sua família, para assim fechar o que se resulta na hipótese final para relatar o processo investigativo, resultando assim na devolução.
É de práxis o psicopedagogo explorar todo o possível do sujeito, não ter com foco somente a não aprendizagem, mas levar em conta todo o contexto que o cerca. O que o impede de crescer cognitivamente falando, portanto através destes dados obtidos do sujeito e sua família ele preenche as lacunas de hipóteses. Vale lembrar que suas ferramentas de investigações são de acordo com cada sujeito e cada psicopedagogo alínea a sua. No diagnóstico é importante que seja esclarecido todas e quaisquer regras de relacionamento, horários e honorários.
Ao final de todo o processo investigativo, é dado o momento final de diagnosticar, ou seja, formular a única hipótese a partir das análises de dados, e suas relações, resultando assim em um prognóstico e uma indicação (caso necessário), e fechar a devolução.
Cada sujeito tem sua situação de não aprendizagem, o psicopedagogo por mais prática que tenha, tem de abster-se que cada sujeito é único e ele no diagnóstico passa de ensinante a ser aprendente daquela questão única.
É a nossa responsabilidade de psicopedagogos de buscar, questionar, observar, as dificuldades de aprendizagem, consequentemente a práxis da clínica psicopedagógica depende do conhecimento de si e do mundo, e muito importante de amar o que faz.
Por: Gisele Alves

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Caixa Operatória

Pessoal, havendo interesse na caixa operatória podem ligar para (21) 9729-6666 ou e-mail: psicopedagogiagisele@yahoo.com.br ou gisaagos@hotmail.com
Segue aqui uma parte de um dignóstico-psicopedagógico, trabalho feito por um determinado grupo em Psicopedagogia Institucional.

INTERVENÇÃO DO DIAGNÓSTICO PSICOPEDAGÓGICO
“DÉFICIT DE ATENÇÃO – BAIXO RENDIMENTO ESCOLAR”

PROPOSTA

Intervenção a curto prazo

O que propomos neste trabalho é a preparação a todo corpo docente e discente, os orientado o que vem a ser o déficit de atenção, como trabalhar com a criança. Promovendo palestras, dinâmicas de grupo, filmes, trabalhos lúdicos, psicomotricidade e algumas técnicas de recreação.

Intervenção a longo prazo

Contratação de um Psicopedagogo para avaliação dos problemas de aprendizagem, orientação aos professores e pais.

Ao que se refere déficit de atenção:
O DDA ocorre como resultado de uma disfunção neurológica no córtex pré-frontal. Quando pessoas que têm DDA tentam se concentrar, a atividade do córtex pré-frontal diminui, ao invés de aumentar (como nos sujeitos do grupo de controle de cérebros normais). Assim sendo, pessoas que sofrem de DDA mostram muitos dos sintomas discutidos nesse capítulo, como fraca supervisão interna, pequeno âmbito de atenção, distração, desorganização, hiperatividade (apesar de que só metade das pessoas com DDA sejam hiperativas), problemas de controle de impulso, dificuldade de aprender com erros passados, falta de previsão e adiamento.


Percebemos o quanto é importante um grupo se relacionar bem, pois essa boa relação deixa todo o sistema fluir, quando não há essa concordância entre integrantes do grupo, se quebra a cadeia deste sistema, portanto ao que se refere a idéia de um bom desenvolvimento depende de um grupo estar bem inter-relacionado
A gestão participativa consideramos que é um trabalho em equipe e que pode favorecer a atuação de professores, de modo geral.
O trabalho coletivo é o melhor meio de atualização e reflexão sobre a ação educativa. Dependendo dos objetivos comuns, é possível dividir responsabilidades e executar atividades com subgrupos ou mesmo individualmente, desde que se garanta a troca constante de informações e a continuidade do trabalho na direção dos objetivos estabelecidos de comum acordo. É através do trabalho coletivo que a escola pode se transformar num espaço privilegiado de formação, não apenas para os alunos, mas para todos os educadores nela envolvidos. Libâneo (2001) define a escola como
uma organização, por ser esta uma unidade social que existe para alcançar determinados objetivos. Expõe que a “organização escolar é o conjunto de disposições, fatores e meios de ação que regulam a obra da educação ou um aspecto ou grau da mesma” (p.77). Essas disposições podem ser de ordem administrativa ou pedagógica. E a organização e a gestão da escola devem ser um trabalho coletivo, que mobilize os indivíduos em uma atuação conjunta em torno das metas traçadas.
Para isso, a escola deve ter objetivos comuns e compartilhados e é importante a participação de professores, pais, alunos e funcionários porque (...) a organização escolar democrática implica não só a participação na gestão, mas a gestão da participação, em função dos objetivos da escola (...). Para a gestão da participação, é preciso ter clareza de que a tarefa essencial da instituição escolar é a qualidade dos processos de ensino e aprendizagem que, mediante as práticas pedagógico–didáticas e curriculares, propiciam melhores resultados de aprendizagem (p.81–82).

Para Morgan (1996) as”organizações são instituições complexas e que devem ser compreendidas em suas particularidades. Diz ele que(...) freqüentemente falamos sobre organizações como se elas fossem máquinas desenhadas para atingir fins e objetivas predeterminados que devessem funcionar tranqüila e eficientemente. E, como resultado desse tipo de pensamento,freqüentemente (...) tentamos organizá-las e administrá-las de maneira mecanicista(...)” (p.17).
Uma gestão da qual a comunidade e os integrantes da escola participam possibilita o conhecimento dos mesmos em relação aos serviços oferecidos e uma gestão participativa é fator essencial para se alcançar uma escola reflexiva, pois “a gestão de uma escola reside na capacidade de mobilizar cada um para a concretização do projeto institucional
Libâneo (2001) destaca que
existe uma cultura que influencia as atividades escolares e por isso é interessante o reconhecimento das particularidades de cada contexto, o que pode ser alcançado quando se dá voz a todos, a escola tem uma cultura própria que permite entender tudo o que acontece nela, mas essa cultura pode ser modificada pelas próprias pessoas, ela pode ser discutida, avaliada, planejada, num rumo que responda aos propósitos da direção, da coordenação pedagógica, do corpo docente (p.85).

Nosso trabalho de psicopedagogo deverá estar na participação consciente e na liberdade responsável. Só se garante a eficácia coletiva se a participação for centrada na responsabilidade. E para que haja essa participação, há que se ter consciência e responsabilidade, o que exigirá de todos presença, reflexão e crítica constantes. É preciso estar consciente de que conflitos e desafios não faltarão. Entretanto, o resultado passará a ser responsabilidade de todos e não apenas de um que poderá perder seu tempo e não encontrar soluções.
Entendemos que o clima relacional de uma escola tem seu eixo nos professores que nela atuam. A liderança de um diretor conduz esses relacionamentos à condição desejada e necessária para estabelecer o permanente diálogo entre a direção e todos os segmentos da escola como também a equipe pedagógica tem a função de proporcionar a busca de propostas de soluções conjuntas; possibilitando a identificação do trabalho coletivo como elemento propulsor. É sempre muito importante a oferta de recursos pedagógicos que atualizem e estimulem o trabalho do professor que traz benefícios ao processo pedagógico. Todos os membros da escola são co-responsáveis pelo trabalho coletivo.



OUTRAS METODOLOGIAS UTILIZADAS NA INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA

1. Reunião com as crianças da escola – trabalho de escuta para sinalizarem os problemas, o que gostam ou não.

2. Oficinas de arte, música, leitura, teatro para desenvolver a capacidade de integração, socialização, criatividade, resistência, emocional, concentração, enfim... várias características de boa produtividade nas crianças e professores. Segundo BIONDO (2006),
é fundamental para a aprendizagem de um conceito que o aluno chegue, por meio de intervenções externas, à tomada de consciência, pois é pormeio dessa mediação que se pode trazer à consciência um conhecimento – um saber – que já existia como um saber fazer.
Segundo Piaget, “a tomada de consciência depende de regulações ativas que comportam escolhas mais ou menos intencionais e não de regulações sensorimotrizes mais ou menos automáticas”.
3. Aplicação de jogos como facilitador da estruturação da personalidade, ou seja, regras x limites.
4. Usar as aulas de dança (ballet) para algo a mais do que aprender a dançar, fazer do ballet um estimulador, um facilitador para a criança na concentração, desenvolvimento e criatividade.
5. Oficinas com os pais: trabalhar o lúdico com os alunos, pais e professores para uma melhor interação da família e escola.
De acordo com as pesquisas feitas para um embasamento teórico na intervenção Psicopedagógica citamos as autoras CÉSAR, PEREIRA, FRANÇA E CALSA, o seguinte:


Isto pode ser transformado, na medida em que a escola investir no acolhimento desse aluno, que é alguém especialmente receptivo à aprendizagem, repleto de curiosidade e que vai para a sala de aula com vontade de novas experiências. Diante disso, a escola deve ter mais do que nunca uma atitude intencional daquele que educa.
É necessária uma intervenção no processo de aprendizagem do aluno, na parte pedagógica, que envolve todo processo educativo desde a elaboração do planejamento até as práticas da sala de aula, com novas metodologias, recursos didáticos e até usar dos recursos tecnológicos. O ensinar deve ser entendido entre teoria e prática, onde as experiências anteriores e às vivencias pessoais dos alunos façam parte da vivência escolar.
(GRASSI,2008,p..21)

A escola é a principal instituição responsável não só pela educação do aluno, mas ir, além disto, colocando o aluno para usufruir de recursos variados que ela possa oferecer, levando em consideração toda experiência deste aluno em seu meio social, trabalhando sempre com o seu desenvolvimento cognitivo. Portanto a escola tende apresentar vários recursos e meios para uma boa aprendizagem, é o que afirma
A intervenção psicopedagógica representa um recurso importante, pois permite a aprendizagem e o desenvolvimento do sujeito, prevenindo intensificações ou equacionando dificuldades. Além disso, possibilita o desenvolvimento de funções mentais superiores necessárias a aprendizagem e a retomada de conteúdos escolares de forma lúdica e significativa. (GRASSI, 2008, p. 21)


Acerca das afirmativas destes autores, vimos que o trabalho em grupo é referencial para o desenvolvimento de qualquer instituição, seja empresarial, hospitalar e escolar, entre outras. O trabalho de interação e socialização se faz necessário para um bom desenvolvimento cognitivo e emocional. O investimento nas formas interventivas é necessário para um resultado satisfatório, investir no corpo docente, nos alunos e pais, partindo da orientação, trabalhos e oficinas, participação de um todo entre escola e família.
A avaliação de um diagnóstico de déficit de atenção deve ser feita pelo psicopedagogo, realmente havendo essa afirmativa em grande quantidade nas salas de aula, como nos foi dito, a escola tende ser trabalhada, investigada de uma maneira mais lenta e precisa, pois se pode tratar de uma ausência de didática nas salas de aulas, não direcionando culpa aos professores, onde aqui a questão não é culpar alguém, mas sim resolver onde está o centro do problema. Pois se pode tratar também de interesse destes alunos por uma aula diferenciada, a escola mescla o tradicional com o construtivismo, porém não trabalha o construtivismo como um todo, vimos que a criança não tem liberdade de se expressar, respondendo às questões elaboradas pelo professor com resposta objetiva. Mas Bossa (1994) afirma que os problemas de aprendizagem possuem origem na constituição do desejo do sujeito. As explicações para o fracasso escolar têm sido dadas com justificativa na desnutrição, nos problemas neurológicos e genéticos. Poucas são as explicações que enfatizam as questões inorgânicas, ou seja, as de ordem do desejo do sujeito.
Contudo, para entender os problemas de aprendizagem realizar diagnósticos e intervenções tornam-se necessário considerar os fatores tanto internos quanto externos desse sujeito, não devendo ser ignoradas as causas exógenas e endógenas.
Com o desejo de implementar a proposta interventiva, o psicopedagogo deve estar atento a receptividade dos participantes, acompanhando e avaliando todo o processo para um resultado projetado por ele, sendo satisfatório ou não. Esse acompanhamento deve ter a integração de todos destinados a este trabalho, professores, pais e principalmente alunos, que são o alvo da queixa institucional.






CONCLUSÃO

O presente trabalho nos faz crer o tão importante é a presença de um psicopedagogo em uma instituição, ao que se refere a problemas direcionados a aprendizagem, não se delimitando, mas sim abarcando todo o processo de aprendizagem; segundo BOSSA (1994) afirma que os problemas de aprendizagem possuem origem na constituição do desejo do sujeito. Tende se considerar fatores internos e externos.
O psicopedagogo tem que permear o tempo todo entre o sujeito, família, escola, fazendo um feedback da história de vida deste sujeito para uma reconstrução de fatos para corroborar na sua aprendizagem. É de fato que o psicopedagogo faça uso do trabalho interdisciplinar para um resultado eficiente tanto na intervenção quanto na prevenção colhendo recursos de áreas afins. O resultado de um bom trabalho se dá com um olhar de Águia, uma boa escuta, paciência, enfim várias características que fazem dele um bom profissional, e é claro dentro de sua ética.
Não tirar conclusões precipitadas é muito importante, pois uma boa avaliação advém de uma boa visualização (por toda a parte) do problema referido.
Este trabalho nos deu uma visão mais delicada ao termo Psicopedagogia institucional, pois aprendemos a não ver com os “olhos dos outros” e nem achar, mas verificar, descrever minuciosamente relatando, descrevendo o que tem que ser para constituirmos um bom diagnóstico e intervir de forma precisa e eficiente.